Rogério Santos
Luthier

Darciléia
Diretora adm

A HISTÓRIA DE ROGÉRIO SANTOS

Aos nove anos de idade, o carioca Rogério Santos iniciou sua carreira na escola de aprendizado de marcenaria da Cidade dos Meninos, aperfeiçoando-se mais tarde na escola Rodolfo Funchs em marcenaria, ajustagem mecânica e tornearia mecânica. Na escola de luthieria de instrumentos de arco da Funarte aprendeu os fundamentos da construção de violinos e violoncelos. Lá teve a oportunidade de conhecer o mestre Guido Páscole, o qual o incentivou a se aperfeiçoar na técnica artesanal.

Nos anos 90 conheceu o renomado violonista e luthier Sérgio Abreu com quem se profissionalizou na construção de violões. Então percebeu que seu “destino” estava traçado.

Tendo como referência o luthier Sérgio Abreu, Rogério Santos se dedicou a busca de maiores conhecimentos na arte da luthieria, aperfeiçoando-se a cada dia construindo violões de 6, 7, 8 e 10 cordas, assim como violas, cavacos, banjos e bandolins, sempre utilizando madeiras tradicionais para a construção de instrumentos de qualidade.

A qualidade do trabalho deste profissional tem sido reconhecida por renomados professores e profissionais da área de música, tais como: Ricardo Fillipo (Conservatório Brasileiro de Música), José Maria Braga (diretor da Escola de Música Vila Lobos, RJ), Walmir (Conservatório Brasileiro de Música), Duda Anízio (Camerata de Música do Rio de Janeiro), profº Henrique Lissovsky (Escola de Música Vila Lobos, RJ), Nicolas de Souza (Unirio), profª Graça Alan, profº Bertholomeu e profº Léo Soares (UFRJ) entre outros.

E também grandes nomes da música popular brasileira como: Marcel Powell (músico, filho de Baden Powell), Josimar da Mangueira, Paulão (produtor musical de Zeca Pagodinho), Mauro Diniz, Carlinhos 7 Cordas, Arlindo Cruz, Marcio Wanderlei, Wanderson, Dudu Nobre e integrantes de sua banda entre outros músicos.

Rogério Santos participou também de grandes eventos importantes, palestrando e expondo os seus trabalhos em lugares como o Conservatório de Música de Minas Gerais, o Teatro Municipal de Niterói (evento: Simpósio Brasil – Alemanha) e o Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro (projeto “Tocando a Vida”, direção de José Maria Braga – Escola Vila Lobos) e também construindo instrumentos para o projeto “Vila lobinho”, com direção do profº Turíbio Santos.

 

 

 

 

 

Luthieria

Na volta das cruzadas, os combatentes europeus trouxeram um estranho instrumento de cordas (feito com tripas de animais), de formato ovalado e ricamente decorado. Seu nome originalmente era ud ou ut, dependendo da pronúncia. Com a adição do artigo alem árabe, passou a ser al ud.

Os cruzados portugueses usaram esse nome em sua língua, aportuguesando-o para “alaúde”. Já os franceses usaram uma forma mais abreviada, que foi do l’utao lute. Na Itália, liuto, e assim o nome foi difundido em diversos idiomas.

Na França surgiu a figura do luthier, o “alaudeiro”, que construia esses instrumentos. O nome então passou a acompanhar o profissional que construia qualquer instrumento de corda, como violino, violoncelo e outros. Com o tempo, “luthier” passou a ser o mais aceito no mundo todo, com algumas exceções, como em alemão (caracterizado com um daqueles nomes impronunciáveis para nós e que se modifica em relação ao instrumento construído), em inglês (guitarmaker, violinmaker…), em italiano (liutaio) e suas derivações em algumas regiões da Espanha (guitarrero) e assim por diante. Todavia, o nome “luthier” é universalmente aceito.